Apoiando o Brasil e o mundo na jornada net zero
Desenvolvendo o mercado voluntário de carbono brasileiro com alta integridade
Sobre nós
Nossa iniciativa tem
5 frentes de trabalho focadas em diferentes partes da cadeia de valor de créditos de carbono
A Iniciativa Brasileira para o Mercado Voluntário de Carbono é resultado da união de empresas e instituições de diversos setores no Brasil – Amaggi, B3, Bayer, Dow, Equinor, Itaú, Natura, Rabobank, Systemica e Vale – com o objetivo de estruturar ações-chave para desenvolver o mercado voluntário de carbono no Brasil e contribuir com o mercado global de créditos de carbono de alta integridade. McKinsey & Company é o coordenador de conteúdo da Iniciativa
A Iniciativa trabalha em diversas frentes com o objetivo de posicionar o país na liderança do mercado global de carbono de alta integridade. Entre os objetivos estão ampliar a oferta por meio dos melhores processos de certificação/verificação, desenvolver os instrumentos financeiros necessários para alinhar demanda e oferta, definir requisitos para um mercado de alta integridade (técnico, ambiental e social), explorar as principais implicações fiscais, projetar um órgão de governança independente para coordenar o mercado e elaborar a estratégia de engajamento com os stakeholders chave
Originação
Viabilização e desenvolvimento da oferta por meio de melhores processos de certificação/verificação e apoio às discussões regulatórias
Demanda
Otimização do processo de diligência e abordar as principais implicações fiscais
Wholesale
Otimização do financiamento de projetos voluntários de mercado de carbono através de mecanismos de financiamento com mitigadores de risco, e proposta de contratos padronizados que reflitam o contexto brasileiro para trazer mais fungibilidade e liquidez ao mercado
Governança
Desenho de um órgão de governança independente para coordenar o mercado, garantindo a integridade da organização e a tomada de decisões de forma imparcial pelos membros que o compõem
Relacionamento com stakeholders
Delineamento da estratégia de interação com os principais stakeholders para definição da comunicação e garantia da imagem da Iniciativa na mídia
Quem somos
Patrocinadores
Patrocinadores da iniciativa e colaboradores de conteúdo
Parte da iniciativa que fornece expertise, cria uma base de fatos e análises
Coordenador de conteúdo
Perguntas frequentes
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Quais empresas e entidades estão envolvidas na iniciativa?Amaggi, B3, Bayer, Dow, Equinor, Itaú, Natura, Rabobank, Systemica e Vale, além da McKinsey, que é a coordenadora de conteúdo do grupo.
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Como as empresas participantes se juntaram para esta iniciativa?À medida que as discussões sobre os mercados de carbono crescem no Brasil e no mundo, ficou claro o potencial do Brasil como fonte de créditos de carbono de alta integridade. Pensando nisso, a McKinsey propôs um grupo de trabalho com empresas comprometidas com a discussão. As empresas e instituições se uniram, a partir do início de julho de 2022, e iniciaram conversas sobre esse tema em comum, identificando as oportunidades de negócios e para o país, além de gargalos que impedem o avanço do tema, que irá trazer muitas oportunidades de negócios para o Brasil e para o meio ambiente.
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Qual é o escopo de ação desta iniciativa?A iniciativa está focada em ajudar a escala do mercado de carbono brasileiro voluntário de alta integridade para permitir que o Brasil e o mundo alcancem o net zero. Assim, pretende propor uma estrutura para uma entidade que apoie o País a desbloquear o seu potencial. Os três objetivos principais são: 1. Promover ações para destravar a oferta de créditos de carbono de alta integridade no Brasil, que atenderão aos compromissos brasileiros e globais para o “net zero”; 2. Facilitar o acesso e o conhecimento do mercado para os compradores; 3. Tornar-se um think tank que contribua ativamente para a discussão internacional e apoie o estabelecimento de regulamentação local.
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Qual é a missão da iniciativa?Desbloquear o potencial do Brasil para apoiar o mundo a atingir a meta “net zero” Desenvolver um Mercado Voluntário de Carbono (VCM) de alta integridade como um instrumento para atrair fluxos financeiros substanciais para desvendar o potencial de financiamento climático do Brasil e seus co-benefícios (por exemplo, proteção da biodiversidade, segurança hídrica, desenvolvimento socioeconômico) Reconhecer a necessidade primária de descarbonizar a cadeia de valor/operações, aproveitando os créditos de carbono para compensar as emissões na jornada para o “net zero” e, em seguida, neutralizar as emissões difíceis de reduzir uma vez atingido o “net zero”
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Por que esta iniciativa é diferente de outras iniciativas já existentes?É fact-based, construído através de múltiplas perspectivas dos diferentes participantes (fornecedores, compradores, instituição financeira, entidades públicas) e com uma visão apolítica; Vai além de um diagnóstico, com mecanismos acionáveis e táticos para dimensionar com integridade o VCM brasileiro; Alavancar e conectar-se com iniciativas internacionais que abordam os principais tópicos para dimensionar o VCM (por exemplo, The Integrity Council, VCMI); Possui patrocinadores e membros comprometidos em desenvolver um VCM brasileiro de alta integridade com uma agenda coletiva que possa desbloquear o mercado; Possui uma governança transparente conectada com entidades globais e locais para garantir um mercado de alta integridade.
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Há iniciativa parecida em outro(s) país(es)?Países do sudeste asiático têm iniciativas similares (para tentar escalar os seus mercados), porém, de acordo com as informações públicas, não é um set-up semelhante ao da iniciativa (com vários atores interessados se juntam para acelerar o mercado).
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Como a iniciativa está ligada aos esforços do governo?A iniciativa é um esforço coletivo de patrocinadores do setor privado e um banco federal de desenvolvimento e não está ligado a nenhum órgão governamental responsável pela regulação do mercado. Para aderir aos mais altos padrões de transparência, convidamos entidades públicas/governamentais à mesa de discussão.
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Há apoio do governo federal para a iniciativa?Os trabalhos começaram a partir da iniciativa privada, mas já contamos no grupo com o BNDES, um banco federal. Vale reforçar que a iniciativa não tem viés político ou partidário, ela é voltada ao país e ao meio ambiente, para que haja melhorias de processos, controles mais rígidos e com o objetivo que o Brasil se torne uma potência mundial no mercado voluntário de carbono de alta integridade.
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Como a iniciativa se conectará aos órgãos internacionais de governança do VCM já existentes?A iniciativa decidiu desde cedo aderir aos princípios de integridade de agências internacionais como VCMI e The Integrity Council. As discussões são realizadas em estreita colaboração com agências internacionais e outras organizações relevantes para o tema.
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Qual será o ganho desta iniciativa para o Brasil e para as empresas?Para o Brasil os benefícios são múltiplos: aumentar e trazer desenvolvimento sustentável, socioeconômico para regiões de fronteira, garantir a preservação e recuperação de biomas, aumentar segurança hídrica e preservar e expandir a biodiversidade. A proposta traz justamente a união equilibrada desses dois benefícios. Em paralelo, o mercado de crédito voluntário de carbono vem ganhando força dia a dia e entendemos que ele traz inúmeros benefícios e oportunidades à economia e ao país. Sabemos que todas as instituições envolvidas têm seus interesses individuais no mercado, entretanto esta é uma iniciativa coletiva e não competitiva para criar os mecanismos que permitam o mercado florescer/escalar com alta integridade. Para os participantes os benefícios serão: criação de mecanismos para permitir uma efetiva participação no mercado, desde mecanismos de funding, de liquidez, maior integridade dos processos etc.
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Existem outras entidades envolvidas na iniciativa?A iniciativa está em comunicação regular com um amplo conjunto de partes interessadas por meio de um conselho consultivo e um grupo de consulta para refletir perspectivas de mercado múltiplas e apolíticas.
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A iniciativa abrangerá também o mercado de compliance?A iniciativa é voltada exclusivamente para o mercado voluntário de carbono.
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As entidades não participantes desta iniciativa poderão contribuir?Sim, a iniciativa abrirá uma consulta pública para receber contribuições e feedbacks de quaisquer partes interessadas, incluindo entidades públicas e privadas, ONGs e outras.
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As empresas participantes são, em sua maioria, multinacionais. Elas irão levar essa iniciativa para outros países em que estão presentes?Há um mix de empresas brasileiras e internacionais, porém todas com expressiva participação no mercado brasileiro. Isso é um fator positivo, pois o Brasil tem tanta oportunidade de usar estes créditos dentro de casa quanto usar créditos de offset para ajudar em outras regiões. Reunir diferentes perspectivas é um diferencial. Existe também o interesse de utilizar o trabalho da iniciativa como inspiração/referência para outros países que têm outro potencial gerador de offsets, seja na própria América Latina ou em outras regiões do mundo.
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Os maiores desafios são tecnológicos, financeiros, processuais, políticos ou outros?Há desafios em diversos aspectos: questões regulatórias e legais, como por exemplo, como pagamento de impostos sobre estes créditos e como isso impacta o balanço das organizações; criação de mecanismos que estimulem o mercado, desde governança até financeiros; desafios técnicos, como certificação e verificação, seja de localização e desenvolvimento de metodologias, seja de aplicação de tecnologia para reduzir o custo/esforço aumentando integridade. E, além disso, o desafio de garantir que o Brasil tenha um papel mais ativo/relevante nas discussões internacionais, dado o potencial do país.
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Quais são os maiores gargalos para iniciativa atingir os seus objetivos?As mudanças estruturais que serão necessárias, aplicação de novas tecnologias e controles e o mercado ter essa visão. Tudo isso precisa ser feito com cuidado, mas com celeridade, para que não percamos essa oportunidade de colocar o país em posição de destaque globalmente. Mas entendemos que com os caminhos que serão propostos, o país terá totais condições de avançar no ritmo adequado.
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Quais são os planos para depois da COP 27?Os trabalhos continuarão, com o objetivo de colocar as ideias propostas em prática com celeridade para que o Brasil lidere e conquiste as oportunidades desse mercado global. Vale reforçar que na ocasião da COP lançaremos a consulta pública, oportunidade para outros atores contribuam com a proposta.
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Em quanto tempo a iniciativa espera ter resultados concretos?Os encontros buscam discutir os gargalos e oportunidades que envolvem esse mercado e o Brasil. Iremos avançar essas discussões sob diversos pilares, buscando as melhores soluções para cada desafio e identificando os pontos fortes que já temos. Na COP 27 iremos entregar a proposta para que ela seja disseminada, discutida de forma mais ampla por outros atores desse mercado e, principalmente, para que seja colocada em prática com celeridade.
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Quanto tempo o Brasil precisa para ter maior relevância no mercado global?Isso vai depender muito das medidas tomadas, dos gargalos superados, das tecnologias aplicadas, dos controles criados, entre outros aspectos, e da rapidez com que tudo isso será feito. Além disso, precisa também da colaboração tanto dos entes ligados ao VCM quanto aos legisladores e reguladores. Mas estamos otimistas, já que o Brasil tem um dos maiores potenciais do mundo nesse mercado e precisamos aproveitar essa oportunidade, que trará ganhos ao país, à economia e, é claro, ao meio ambiente, que é o foco principal.
MVC em números
Impactos ambientais e socioeconômicos estimados para o Brasil
1,2—1,9
GtCO2eq/ano
Potencial de geração de créditos de carbono no Brasil considerando USD 25-35/tCo2eq, a maior parte em reflorestamento e convervação florestal
16-26 bi
USD/ano
Impacto no Valor Bruto Agregado, com um preço de carbono de 25-35 USD/tCO2eq, considerando atividades REDD+, agroflorestais e de reflorestamento em áreas de pastagens degradadas
550 a 880 mil
Empregos por ano
Impacto positivo líquido em empregos, dos quais ~60% estão localizados onde o projeto acontece (p.ex., geração de mudas, gestão florestal, etc.)
Mídia
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